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Invasão do Jacinto de Água Doce
Por Clara Dias (Aluna, 10ºD), em 2020/01/16419 leram | 0 comentários | 139 gostam
Atualmente, verifica-se em certos pontos do rio Cávado, no concelho de Esposende, a proliferação de uma planta aquática flutuante, vulgarmente conhecida por jacinto de água doce.
De nome científico Echornia, o jacinto de água doce é nativo da Bacia Amazónica, na América do Sul e pensa-se que foi introduzido em Portugal para fins ornamentais. Pela sua rápida proliferação e pelo impacto nefasto nos ecossistemas locais, esta espécie é considerada uma das piores invasoras do mundo. Reproduz-se rapidamente por multiplicação vegetativa (processo de clonagem), sendo capaz de duplicar a sua população em menos de 5 dias, em condições adequadas (temperaturas amenas e água doce). Também pode reproduzir-se sexuadamente, através da polinização, sendo que as sementes podem manter-se viáveis por cerca de 20 anos e as aves contribuem para a sua dispersão. Por se tratar de uma espécie exótica, existem poucos predadores dessa espécie, em Portugal, o que facilita a sua propagação.
 As massas extensas dessa planta aquática nas águas impede a entrada da luz solar na água e a oxigenação, colocando em risco a sobrevivência dos seres vivos que habitam a zona afetada. Além disso, esta aquática compete com as espécies autóctones, provocando a diminuição da biodiversidade. A proliferação desta espécie, por vezes, impede a navegabilidade, acabando por prejudicar as atividades económicas locais.
Visto ser um problema enfrentado em vários pontos do país e até internacionalmente,já existem várias soluções para controlar a área ocupada por esta planta. No entanto, estas apresentam custos bastantes elevados e muitas vezes ineficazes, tendo em conta as especificidades de cada comunidade. Esta situação alerta-nos para os perigos consequentes da introdução de espécies exóticas nas populações autóctones.

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