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A matriz elétrica do futuro do Brasil
Por Taina Alves (Aluna, 1º Ano / ADM), em 2016/04/13242 leram | 0 comentários | 58 gostam
A sociedade brasileira enfrenta um dilema que é a opção por mais reservatórios versus mais emissão de gases de efeito estufa.
A questão energética ganhou importância estratégica mundial basicamente em função de duas variáveis. A primeira é o aquecimento global provocado pelas emissões de gases de efeito estufa derivadas em parte da produção de energia elétrica. A segunda variável é econômica: o custo dos insumos energéticos vinculados diretamente à instabilidade e aumento crescente do barril do petróleo nos mercados internacionais.

Nesse cenário energético mundial de incertezas que passou a marcar o século 21, a maioria dos países adotou políticas econômicas com o duplo objetivo de: alterar as matrizes elétricas buscando garantir a segurança do suprimento, ou seja, ficarem menos dependentes das importações de gás e carvão, e investir em novas tecnologias de energias renováveis principalmente eólica e solar. Dessa forma, a nova política energética mundial busca reduzir as incertezas em relação aos custos e mitigação gradual dos impactos sobre o aquecimento global.

Afortunadamente, o Brasil não enfrenta esses dilemas e desafios da política energética mundial. A matriz elétrica brasileira apresenta uma estrutura de participação de fontes renováveis X não-renováveis inversa em relação à matriz mundial, pois cerca de 87 % da matriz nacional é de fontes renováveis, enquanto a matriz elétrica mundial detém somente 13% de participação de energias renováveis.

Além de deter o status de uma das melhores matrizes elétricas do mundo, o Brasil tem outro importante e competitivo diferencial em relação aos outros países: tem um imenso potencial de recursos energéticos renováveis e não renováveis. Dessa forma, o Brasil se depara, no campo energético, com o saudável "paradoxo da abundância", precisando definir uma política energética estratégia de ampliação da matriz que seja mais econômica e eficiente do ponto de vista da operação do sistema elétrico, já que o problema do aquecimento global e de importação de recursos energéticos não são problemas do Brasil.

Em busca da otimização da política energética brasileira, foi definido, de forma correta e consistente, priorizar a construção de centrais hidrelétricas promovendo o avanço da fronteira elétrica para a região da Amazônia, onde se encontra mais de 70% do potencial hidrelétrico do Brasil, estimado em 160 mil gigawatts, representando o terceiro maior potencial do mundo, só ficando abaixo da China e Rússia. Essa prioridade de construir hidrelétricas vem recebendo críticas de segmentos sociais, preocupados com os impactos ambientais e econômicos sobre as populações ribeirinhas. Essas críticas perdem fundamentação, pois o Brasil tem uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, impondo e determinando que as construções das hidrelétricas sejam mais caras, em função das compensações para mitigar os impactos na flora e fauna, na recolocação das populações afetadas e em investimentos sociais em educação, saúde e saneamento que somam mais de 5% do custo total do empreendimento.


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