Fábulas Originais | |
Por Lucília Araújo (Professora), em 2013/12/03 | 758 leram | 0 comentários | 217 gostam |
No âmbito da disciplina de Português, os alunos do 5º ano deram asas à sua imaginação e criaram as suas próprias fábulas. | |
O Pavão e o Elefante Era uma vez um elefante que era cinzento e se achava feio e tinha inveja dos outros animais por os achar muito bonitos. Um dia, na savana, o elefante, enquanto brincava com a água, observava um lindo pavão que por lá passava. - Como é que te nasceram essas penas tão lindas e tão coloridas? -questionou o elefante. - Nasceram em mim! Mas tu tens sorte, quando chove podes brincar na água e na lama. - Nunca pensei nisso, eu acho que tu é que tens sorte. - Hum! Tive uma ideia! E que tal se fossemos ao Doutor Macaco?- propôs o pavão. - Não é má ideia! – concordou o elefante. E lá foram. Quando chegaram ao consultório do Doutor Macaco, ele sugeriu que tirassem as penas ao pavão e pintassem o pavão de cinzento e que pusessem as penas ao elefante. Os dois concordaram e… mãos à obra. Quando o elefante acordou, olhou-se ao espelho e exclamou: - Que lindo que eu estou! O pavão disse: - Boa! Já posso brincar na água como os outros animais! O Doutor Macaco foi avisando: - Depois de passarem quarenta e oito horas, ficam assim para sempre. - Está bem. – responderam os dois animais E o elefante foi ter com os outros elefantes, mas eles não o reconheceram e o elefante ficou triste. O mesmo aconteceu com o pavão. Voltaram então ao Doutor Macaco, antes das quarenta e oito horas decisivas, mas como não tinham marcado consulta, o médico disse-lhes: - Agora tenho muitos pacientes, mas eu vou chamar o Doutor Gorila para vos resolver o problema. - Está bem, mas despache-se! – pediram os dois, aflitos. Cerca de uma hora depois, o Doutor Gorila tinha resolvido o problema e o elefante continuava cinzento e o pavão continuava com a sua bonita plumagem. Moral da história: Nunca cobices o que é dos outros. Filipa Ferreira e Ivo Rei – 5ºC A Minhoca e o Canguru Uma minhoca muito refilona, decidiu ir dar um belo passeio. Como era muito lenta e desastrada, bateu contra um animal cheio de pêlos. O que seria? Levantou a sua pequena cabeça, olhou e gritou: - Ah! O que é isto? Era um canguru, que estava à procura do seu pequeno filhote. A minhoca, com a sua cabeça virada para o ar, refilou: - Seu desastrado! Estás a pensar em quê? Na namorada? A minhoca esperou que ele lhe respondesse, mas não respondeu. Então, a minhoca, furiosa, subiu para a pata do canguru e, ZÁS, mordeu-lhe a pata. O canguru olhou para baixo e reparou que estava lá uma minhoca. Ele só não tinha reparado antes que era ela que falara com ele, porque eles estavam na floresta e a relva era verde, da cor da minhoca, e a voz dela era tão fininha que quase não se ouvia. Então o canguru perguntou-lhe: - Eras tu que estavas a falar comigo? E também foste tu que me mordeste a pata? - Sim, fui eu. - Porquê? – questionou o canguru atrapalhado. - Porque tu estavas a fazer que não me ouvias e que não me vias! - Não! Eu estava à tua procura, porque tu és muito pequenina e só reparei que tu estavas aí porque me mordeste a pata. - Então, vamos falar como gente grande! Do que é que tu andas à procura? - Ando à procura do meu filhote, ajudas-me? - Claro que sim, mas há uma condição. - Qual é a condição? - Tens de me levar a dar um passeio na tua bolsa para que eu possa observar tudo aí de cima, deve ser uma paisagem extraordinária! O canguru ajudou a minhoca a subir para a sua bolsa e levou-a a passear. Ela ficou maravilhada porque, para além do mais, era espetacular poder andar aos saltinhos e não era fácil ter outra oportunidade. No final do passeio, a minhoca esperou que o canguru se distraísse para se ir embora. O canguru quando se apercebeu, ficou muito triste e desiludido e continuou sozinho a busca pelo seu filhote. Moral da história: Devemos cumprir sempre as nossas promessas. Bruna Barreira e Cátia Marques, 5ºC | |
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