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Jornal da Escola Básica António Rodrigues Sampaio
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O que aprendi com «Mestre Finezas»
Por Rodriguinho (Professora), em 2018/03/011629 leram | 0 comentários | 832 gostam
O conto «Mestre Finezas», um texto de Manuel da Fonseca, retrata o envelhecimento e o desprezo dum artista, um mestre que tinha um sonho e que foi privado de o realizar, porque a vida não o proporcionou.
Nesta história, Carlinhos, o narrador, fala-nos do seu o barbeiro chamado «Mestre Finezas», um grande ator e violinista que tinha a ilusão de partir para a capital, mas, à medida que envelhece, vai abandonando este sonho. Já, na idade adulta, Carlinhos é dos poucos que ainda continua a ir à barbearia de Mestre Finezas. Mestre Finezas foi desprezado pela família e pelos seus clientes, pois na vila apareceram novas barbearias muito mais modernas.
Na verdade, Carlinhos e Mestre Finezas levam, hoje, uma vida de marasmo e ociosidade. Carlinhos falhara o curso, Mestre finezas não concretizara o seu grande sonho de partir mundo fora e ser reconhecido como um grande artista. No entanto, uma coisa os diferenciava: Carlinhos ainda acredita no seu sonho, porque é jovem; por sua vez, Mestre Finezas já não tem tempo para sonhar. O envelhecimento não o permite!
  Neste texto, o leitor apercebe-se de um problema atual: as pessoas valorizam, hoje, mais o «parecer» em vez do «ser», o que torna relações humanas bastante superficiais. Esta obra realça bastante as relações interpessoais, pois, cada vez mais, as pessoas estão mais distantes e mais impessoais, o que leva a uma diminuição dos laços de amizade entre as pessoas.
Em suma, esta obra mostra-nos que todos os tipos de arte (pintura, teatro, cinema,…) contribuem na construção da personalidade e que temos de investir nesta área e nas relações humanas, para evoluirmos enquanto pessoas. Alerta -nos para as desvantagens do progresso humano que nem sempre é positivo.

Gonçalo Duarte Coutinho Martins 7MC


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