“Nobre povo, Nação valente…” | ||
Por Adolfo Serrão (Aluno, 12ºI), em 2013/02/17 | 1945 leram | 2 comentários | 1300 gostam | |
Tendo como ponto de partida a gloriosa epopeia Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões, apresento uma breve reflexão acerca da nossa sociedade contemporânea e de algumas das suas vicissitudes. | ||
No Canto VIII d’Os Lusíadas é preparada uma cilada aos portugueses e Vasco da Gama acaba por ser feito prisioneiro. Posteriormente, são exigidas matérias preciosas como ouro e dinheiro para a sua libertação. Isto motiva Camões a fazer uma reflexão sobre o poder corrupto do ouro, a ambição desmesurada, a ganância do Homem e, de certo modo, sobre a exploração dos mais fracos ou necessitados. Passaram-se séculos e estes vícios sociais apontados sabiamente por Camões continuam impregnados na nossa sociedade. O crescente negócio de compra e venda de ouro é disso paradigma. Numa ânsia pela obtenção do máximo lucro possível, essas lojas aproveitam-se das dificuldades alheias para faturarem, assim como o predador espera pacientemente pela sua presa. Viver à custa das dificuldades dos demais é reprovável e muito pouco ético. Estamos a atravessar, enquanto Nação, um período de crise económico-financeira que já afetou e continua a afetar os mais variados quadrantes da sociedade portuguesa. Continuando a analogia com a epopeia de Camões, o povo português, nestas circunstâncias, continua a ser o herói desta “viagem”. Já atravessamos muitas “tempestades” sem, no entanto, perdermos o rumo ou a esperança de conduzir a “nau”, nosso Portugal, a bom porto. A crescente mobilização de cidadãos nas ruas um pouco por todo o país demonstra o espírito de inconformismo, coesão, unidade e solidariedade popular que se vive de Norte a Sul do país. Contudo, perturba-me a existência de certos indivíduos que, oportunistas e sem olhar a meios, quais “Baco” em Os Lusíadas, tentam viver à custa das contrariedades dos demais. Aguardo, inquieto e expectante, a mudança dos “ventos e das marés” para que esses obstáculos se afastem da nossa jornada rumo a um futuro melhor e mais próspero. | ||
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Comentários | ||
Por Salete Varzim (Professora), em 2013/02/21 | ||
Se me permites, aguardo contigo, por um futuro melhor. Preciso de ACREDITAR que ainda é possível a MUDANÇA. Parabéns pela tua reflexão! A analogia é perfeita... E pensar que Camões voltaria a escrever da mesma forma! | ||
Por Raquel Duarte (Professora), em 2013/02/21 | ||
Sejamos positivos! Força a todos para aguentar estes tempos menos bons! Gostei muito do texto! | ||