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Alunas do 5º ano ganham concurso da Visão Júnior
Por Maria Helena Leitão (Administrador do Jornal), em 2015/10/272117 leram | 1 comentários | 451 gostam
Para participar neste concurso era preciso escrever uma história com 30 linhas, contando como seria um encontro entre Gerónimo Stilton e Vasco da Gama.
Gerónimo Stilton fez dez anos, tal como a Visão Júnior. No dia 1 de Junho celebrou-se uma grande festa em honra deste acontecimento no espaço “Presença Feira do Livro”.
A Visão Júnior, por sua vez, criou um concurso em honra do Gerónimo para oferecer um dos seus livros… mas não é um livro qualquer, é um livro que fala de uma aventura do Gerónimo Stilton em Portugal.
Para participar neste concurso era preciso escrever uma história com 30 linhas, contando como seria um encontro entre Gerónimo Stilton e Vasco da Gama.
As alunas Joana e Maria Ana do 5ºE participaram e ganharam o livro do Gerónimo Stilton «Na rota de Vasco da Gama».




Gerónimo Stilton e a aventura “Na rota de Vasco da Gama”

Olá, o meu nome é Stilton, Gerónimo Stilton, e sou um dos jornalistas mais famosos de Ratázia, a ilha dos ratos. Agora vou contar-vos a minha mais recente aventura, onde conheci pessoalmente (vejam lá a minha sorte!) o famoso Vasco da Gama.
Tudo começou numa suposta manhã primaveril, que de primavera não tinha nada, muito pelo contrário, estava uma manhã chuvosa, fria e em que a água que escorria pelas estradas era tanta que dava para encher uns quantos barris de cem litros. Acreditem, já tenho muita experiência com água, especialmente depois desta aventura.
Voltando ao assunto aqui relatado… Onde é que eu ia? Ah! sim, lembrei-me. Quando finalmente tinha descido todos os degraus do edifício da redação onde eu sou diretor (no Diário dos Roedores, um jornal jornalístico, ou melhor dizendo, jornalíssimo), tocou o meu telefone. Ora, volta e meia, já estava eu lá em cima, tão cansado como fulo, sim, porque o Diário dos Roedores teve como arquiteto um senhor, ou melhor, um roedor que se lembrou de construir o edifício às três pancadas, pois, para além de ser um pouco amarelado, também tem umas escadas gigantescas, todas elas em caracol. Ora se eu quisesse enjoar, ia viajar de barco. E por falar em barco, amigos, se querem um conselho, nunca falem em viagens quer seja de barco quer seja de avião, porque sempre que eu menciono essas palavras, lá vem um roedor desafiar-me para uma dessas aventuras.
Ao ouvir um toque sonoro, e extremamente repetitivo, cheguei a pensar que fosse a Tea ou o Esparrela prestes a guinchar aos meus ouvidos uma notícia espantosa. Porém, quando atendi:
– Está lá, fala o Presidente Ratólogo Rato-Branco. O Gerónimo Stilton, está aí?
Fiz uma voz fininha, fingindo ser uma assistente, e anunciei:
– Stilton, o mais famoso jornalista de Ratázia, está no seu escritório. Olhe, ele é um roedor muito esperto, sabia? Neste momento tem a agenda muito cheia. Não prefere deixar um recadinho, hã? Eu sei que prefere, diga lá, porque eu estou a apontar.
– Deixe-se lá disso, Stilton, eu sei muito bem que não está aí nenhuma assistente. – denunciou-me ele.
– Como é que sabia? – interroguei.
– Simplesmente porque são sete horas da tarde, a redação fecha às seis e meia, por isso…
– Diga lá o que deseja, agora estou em pulgas…
Ao descobrir um mistério que podia mudar a história de Ratázia, senti-me muitíssimo orgulhoso por ter em mãos uma história que apenas a mim e à minha família fora confiada.
No dia seguinte, visitámos Lisboa. Ó que linda terra, cheia de poesia, fado… Posso mesmo lembrar proclamações bem merecidas, feitas por reis que adoravam esta terra de contos de fadas.
Não tivemos muito tempo para a visitar, pois tivemos de viajar de barco, e logo eu, que sofro de enjoos. Vestimo-nos a rigor, com as mais belas vestes da época, e partimos do cais.
Ainda me pergunto como conseguimos viajar durante tanto tempo sem a nau se partir. É que, analisados os factos ocorridos na viagem marítima, é um bocadinho inacreditável:
 1º - Vasco da Gama viajou até à Índia em 1497, logo, já se passaram mais de 500 anos;
 2º - Ele viajou em 3 naus: a Nau S. Gabriel, a Nau S. Rafael e a Bérria, como foi possível chegarem as três embarcações?;
 3º - Se as tempestades foram imensas e de extrema força, como é que ele conseguiu chegar ao destino de perfeita saúde e a salvo?
Mas, a verdade tem de ser dita, por isso, quer acreditem quer não, eu já estive a bordo da nau S. Gabriel.
Mal coloquei a pata esquerda no porão da nau, a Tea levantou a âncora e zarpámos do cais. Logo começou o azar que me perseguiu toda a viagem marítima, porque, como se lembram, eu sofro de enjoos fáceis. E como tenho um primo que é um palhacinho, como vocês já devem calcular, pôs-se a cantar:
Lá vem o Gerónimo
Com um ar enjoado.
Chegou há pouco tempo
Com a pelagem num tom esverdeado.

Passado algum tempo, já Tea tinha aderido à brincadeira:
A Tea é a capitã,
Apesar de usar sainha,
Sempre de espada em punho
É a nossa rainha.

E já que todos estavam armados em Camões, não queria ser eu a estragar esta festança:
O Esparrela é o palhacinho
Que todos querem ver.
Massacrar o seu primo Gerónimo,
Para ele é um prazer.

Estávamos nós a cantarolar, quando, de repente, começou a chover torrencialmente. O nosso barco ficou descontrolado, e foi então que um furo no casco se abriu e provocou uma inundação. De pouco mais me lembro, a não ser o meu querido sobrinho Benjamim a me abraçar e dizer que me adorava e que não se queria afastar de mim. E de facto não nos teríamos separado, se não fosse uma fenda que sem mais nem menos se abriu e engoliu a minha família com tanta força que bati com a cabeça no mastro e perdi os sentidos no meio daquele imenso mar. Quando acordei, ouvi uma voz que me chamava com um tom grave que ecoou pelos meus sensíveis ouvidos:
– Gerónimo, Gerónimo, acordai, estais vivo…
– Quem és, porque me chamas, onde está a minha família?
A mesma voz repetiu:
– Gerónimo, Gerónimo, acordai, estais vivo…
– Falas, falas, falas… Afinal onde é que eu estou? E porque estou deitado numa superfície tão dura?
– Levantai-vos e abri os olhos. – Ordenou.
Abri os olhos, mas não me aguentei em pé. Estava em cima de uma rocha, no meio de um rio, e mesmo à minha frente estava uma catarata que refletia uma imagem que me impressionou. Estava frente a frente com Vasco da Gama:
– Bem vindo, Gerónimo. Pela tua coragem e ousadia mereces por inteiro estar neste local.
– Já fui! Antes tinha a minha família, mas agora que a nau naufragou, perdi o maior tesouro da minha vida.
– És um homem de coração puro, e sabes, Gerónimo, não há maior tesouro do que uma família e um teto para viver!
– Pois é, mas agora perdi-os e nem sequer pude dizer-lhes o quanto os amava! – Solucei eu, já prestes a chorar.
– Assim é, Gerónimo. Por agora lembra-te apenas disto: se contares devidamente esta incrível aventura, eu te devolverei o teu tesouro. Mas para já, bons sonhos, Gerónimo, e até a qualquer dia!
Quando despertei, estava na tranquilidade dos meus suaves e perfumados lençóis, rodeado de toda a minha família. E apesar de saber que sou adotado, nunca deixarei de ser um Stilton, nunca mas nunca! E agora já sabem porque é que honro tanto o meu nome.

Até breve,
Gerónimo Stilton

Maria Ana



Naufrágio no Índico

Tudo começou num dia normal, aliás normalíssimo. Eu ia a caminho do meu escritório quando reparei que estava a ser perseguido. Olhei para trás e vi o presidente de Ratázia muito contente a falar ao telefone. Esperei que acabasse o seu telefonema para o cumprimentar:
- Bom dia, senhor presidente!
- Ah… Olá Gerónimo, nem reparei que estavas aí, pois estava a fazer um telefonema importantíssimo, ainda bem que apareceste, ia agora mesmo a caminho do Diário dos Roedores para contar as novidades a ti e à tua família!
- Qual é a novidade?- perguntei eu, curioso.
- Conto- te pelo caminho…
E fomos andando até ao jornal. Quando chegámos contámos a novidade à Tea, ao Esparrela e ao meu sobrinho preferido, o Benjamim.
- Isso é óptimo, adoro andar de barco!- disse o meu querido sobrinho.
Hei…desculpem, ainda não vos contei. O presidente estava a falar ao telefone com o presidente de Portugal, para nos convidar a refazer a viagem de Vasco da Gama, quando este descobriu o caminho marítimo para Índia.
- Bem, partem daqui a uma semana. Adeus Stiltons!
A semana acabou e nós começámos a nossa aventura pelo mar.
 Mas já no oceano Índico apanhámos muitos ventos que provocaram um naufrágio.
- O que é que vamos fazer, estamos nesta ilha deserta sem ninguém para nos salvar…- disse eu aflito.
- Olha, está ali uma barca antiga, vamos fazer-lhe sinal!- disse o meu sobrinho Benjamim, solucionando o nosso problema!
O barco parou à frente da ilha vindo socorrer-nos. Quem estava lá dentro era nada mais nada menos do que Vasco da Gama e a sua tripulação.
- Olá! Obrigada por nos salvar, é uma honra vê-lo em pessoa! – exclamei eu entusiasmado…
- Eu é que estou honrado por conhecer Gerónimo Stilton, um grande escritor e explorador, e a sua família igualmente maravilhosa… Porque é que estão aqui nesta ilha deserta?
- Fomos convidados a refazer a sua viagem marítima e sofremos um naufrágio…
- Ah… não estudaram bem as direções dos ventos! Venham, voltemos para Portugal e da próxima vez pode ser que vos leve a viajar comigo!
E assim acaba a nossa aventura pelo mar, mas prometemos um dia voltar a navegar…

Joana Rita


Comentários
Por Paula Sousa (Professora), em 2015/11/26
Parabéns, Maria!
Uma boa leitura sempre foi do teu agrado, imaginação nunca te faltou, agora tens o teu prémio merecido!

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