Visita à capital | |||||||||||||||||
Por Medialetra (Professor), em 2015/06/18 | 901 leram | 1 comentários | 185 gostam | ||||||||||||||||
Os alunos da disciplina de Português Língua Não Materna (PLNM) e os alunos de Educação Especial que frequentam o Currículo Específico Individual (CEI), da Escola Secundária de Amora, realizaram uma visita de estudo à cidade de Lisboa. | |||||||||||||||||
No dia 8 de maio de 2015, nós, alunos de PLNM, e os nossos colegas do CEI, acompanhados pelas professoras Helena Baptista e Ilda Lopes, realizámos uma visita de estudo à cidade de Lisboa. Partimos da escola às 9h30 e a viagem decorreu sem incidentes. Quando chegámos a Lisboa (Campo das Cebolas), dirigimo-nos à rua dos Bacalhoeiros, onde pudemos observar a fachada da Casa dos Bicos, atualmente sede da Fundação José Saramago, Prémio Nobel de Literatura em 1998. O edifício é de propriedade municipal e foi cedido, mediante protocolo assinado em julho de 2008, à Fundação, por um período de 10 anos. Após observarmos a fachada do edifício, com a sua arquitetura peculiar, vimos a oliveira que se encontra à frente do mesmo e o banco de mármore lá existente, que serve para as pessoas se sentarem a ler as obras do escritor; e também a placa embutida em que está inscrita uma citação de um dos seus mais conhecidos romances, Memorial do Convento. A árvore foi transplantada da aldeia de Azinhaga, província do Ribatejo, terra natal do escritor, após a sua morte, para este local. Seguimos, depois, em direção à Sé de Lisboa, observando, atentamente, os artistas que tinham os seus trabalhos, alusivos à história e à vida da cidade e dos seus habitantes, expostos na rua. Pouco depois, visitámos a igreja, no interior da qual pudemos admirar belas imagens de arte sacra e a imponência desta construção. Chegados ao Castelo de S. Jorge, enquanto aguardávamos a aquisição dos bilhetes, assistimos à atuação de um músico inglês. Após a entrada no castelo, dirigimo-nos ao miradouro, que, em virtude da sua excecional localização, proporciona uma vista única e majestosa sobre a cidade de Lisboa. Pelas 12h30, nos jardins do castelo, fizemos um agradável piquenique em que partilhámos deliciosos pratos típicos dos nossos países de origem: feijoada com arroz, esparguete com tudo, bolo de iogurte com cobertura de chocolate e dónutes, de Cabo Verde; doce de calabaceira, da Guiné-Bissau; rissóis de camarão e de atum, de São Tomé e Príncipe; chamuças, da Índia e… claro, os imprescindíveis pastéis de Belém polvilhados de canela, típicos da cidade de Lisboa. Após o almoço, encaminhámo-nos para o antigo Paço Real da alcáçova, um conjunto edificado onde se encontram hoje instalados a Exposição Permanente, o Café do Castelo e o restaurante Casa do Leão. Visitámos também o Jardim Romântico, onde admirámos os elegantes pavões, motivo de interesse de todos os turistas que passeavam naquele lugar. Subimos, depois, à torre mais alta para, seguidamente, passarmos à câmara escura, um espaço onde existe um sistema ótico de lentes e espelhos, que permite observar minuciosamente a cidade em tempo real, os seus monumentos e zonas mais emblemáticas, o rio e a azáfama própria de Lisboa, num olhar que permite percorrer 360º. Cerca das 15 horas, deixámos o castelo e dirigimo-nos à praça do Rossio. Durante parte deste percurso, deslocámo-nos no Elevador do Castelo. Já no Rossio, tivemos oportunidade de ver uma exposição de produtos regionais, artesãos a trabalhar e várias atividades de animação de diferentes regiões do país, integrados no X Festival Internacional da Máscara Ibérica como, por exemplo, os Caretos e Chocalheiros, que representam imagens diabólicas e misteriosas que todos os anos, desde épocas que se perdem no tempo, saem à rua nas festividades carnavalescas de Podence – Macedo de Cavaleiros, na região de Trás-os-Montes, no Norte de Portugal, o que nos permitiu conhecer algumas tradições e manifestações culturais portuguesas. Prosseguimos até ao largo do Chiado, onde assistimos à exibição de duas dançarinas de dança do ventre, tirámos fotos junto da estátua do poeta Fernando Pessoa, que aí se encontra, e descemos depois até à rua Augusta. Ao longo do percurso por esta interessante artéria da capital, vimos as “estátuas humanas”, entre outras curiosidades, e assistimos à atuação de um grupo de dança afro, que, pouco depois de termos chegado, movido pelo nosso forte entusiasmo, nos convidou a participar na dança, o que constituiu um dos momentos mais altos do dia, pelo que o responsável do grupo, no final da exibição, transmitiu os agradecimentos a todos. De seguida, apreciámos o renovado Arco da rua Augusta e prosseguimos em direção ao Terreiro do Paço. Uma vez chegados ao nosso destino, com o rio Tejo como pano de fundo, fizemos uma pausa para lanchar e aguardámos o miniautocarro que nos trouxe de volta à escola, tendo a chegada ocorrido às 19 h 45 m. Cumprimos, com esta visita de estudo, os objetivos propostos: desenvolver o domínio oral e escrito da língua portuguesa como língua veicular; contribuir para a integração efetiva dos alunos aos níveis cultural, social e académico, independentemente da sua língua, cultura, condição social, origem e idade; fomentar a interculturalidade; promover as relações interpessoais; favorecer a inclusão socioescolar. Para finalizar, destacamos o empenho, o sentido de responsabilidade e o comportamento dos alunos, que se mostraram sempre interessados e animados, quer durante a preparação da visita, quer ao longo do dia em que a mesma decorreu. Gostaríamos, igualmente, de sublinhar e agradecer o apoio e a colaboração dos pais, em especial, na confeção de pratos típicos, fator que muito contribuiu para o sucesso da iniciativa. Consideramos, assim, que esta atividade foi muito útil e importante e que cumpriu totalmente os seus objetivos, pois permitiu-nos conhecer muitos aspetos da vida, da cultura e da história dos habitantes e da cidade de Lisboa. Além disso, proporcionou-nos momentos de convívio e de partilha extraordinários, que nos lembraram a comida, a música e as danças da nossa terra, e deu-nos a possibilidade de passarmos um dia muito, muito divertido! Como aspeto menos positivo, registamos o facto de alguns colegas da turma não terem participado nesta visita de estudo. Escola Secundária de Amora, 5 de junho de 2015 Os alunos de Português Língua Não Materna | |||||||||||||||||
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Comentários | |||||||||||||||||
Por Medialetra (Professor), em 2015/06/18 | |||||||||||||||||
Uma visita de estudo com muito interesse, como se prova pelo relato e pela reportagem fotográfica! Estão de parabéns o mentores da iniciativa e todos os participantes. | |||||||||||||||||