O caminho da música | |
Por Joana Anselmo (Aluna, 8º ano), em 2013/11/27 | 538 leram | 0 comentários | 144 gostam |
Jacinto Montezo nasceu a três de novembro de mil novecentos e cinquenta e sete. Atualmente, tem cinquenta e seis anos e é maestro da banda da Sociedade Filarmónica Operária Amorense. | |
Jancinto Montezo - Como nasceu o seu gosto pela música? - O meu gosto pela música nasceu de uma simples pergunta do meu pai: “Queres ir aprender música?” E a partir desse dia não me saía mais da cabeça o ir aprender música, de tal forma que, em 6 meses, aprendi o livro de solfejo de Freitas Gazul, o instrumento e entrei para a banda. - O que é a música para o senhor? - A música é muito mais do que debitar notas ou executar muito bem o valor das figuras. É uma paixão, um passatempo, um trabalho, uma razão de viver. É, sobretudo, uma forma de exteriorizar estados e sensações. - Qual o seu tipo de música preferida? - Não tenho um género preferido, mas tenho duas grandes paixões: a música para banda (original ou transcrição) e o jazz para big band. - Qual foi o primeiro instrumento musical que aprendeu a tocar? E porquê? - O primeiro instrumento foi um bombardino, porque gostava de instrumentos grandes e aquele era o maior que estava disponível. - Quais são os instrumentos que toca? - Trombone, bombardino, cravo e piano (mal). - Qual foi a sua melhor experiência a nível profissional? - É difícil escolher uma só, mas algumas que me marcaram foram dirigir a banda da Harmonie Grand-Ducale, no Luxemburgo, a orquestra militar de Hanoi, no Vietname e o concerto GNR+GNR. - Até agora, qual foi o ponto alto da sua carreira musical? - Creio que não há também apenas um ponto a sublinhar, mas talvez o facto de ter recebido o grau de cavaleiro da ordem europeia do mérito musical seja o que mais se destaca. - Conhece gente importante? E de que maneira estes o ajudaram a tornar-se o que é hoje? - Conheço gente importante, mas nunca solicitei qualquer ajuda para ser o que sou, julgo que devemos singrar por nós próprios, não dependendo de amigos ou pessoas mais importantes. O importante somos nós e a concretização dos nossos sonhos, normalmente com muito trabalho. - Porque quis ser maestro? E como entrou na Sociedade Filarmónica Operária Amorense? - O desejo de ser maestro surgiu quando recebi um convite para dirigir a banda da Sociedade Filarmónica Os Loureiros de Palmela e tomei-lhe o gosto. Depois desse episódio, estudei direção e dirigi mais algumas filarmónicas: Banda da Sociedade União Lapense – Lapa, Cartaxo; Banda da Sociedade União Musical Alenquerense – Alenquer; Banda da Sociedade Filarmónica Humanitária – Palmela. Dirigi esporadicamente outras bandas: como a banda da Carris - Lisboa e a Banda da Sociedade Filarmónica União Agrícola – Pinhal Novo. A minha entrada na Sociedade Filarmónica Amorense deu-se há muitos anos, quando fiz alguns concertos com a banda, como executante, sob a direção do maestro António Gonçalves. Como maestro, o convite surgiu da Direção do Sr. Fernando Rocha, por indicação do músico e maestro da coletividade, Jorge Azevedo. Foi tudo muito simples. - Quais são os seus projetos para o futuro? - Os meus projetos para futuro passam por desenvolver mais o ensino da música nas coletividades e, em especial, desenvolver e melhorar a qualidade dos executantes da SFOA, bem como criar uma maior apetência para a música em todos os jovens que frequentam a coletividade. Num nível mais global, continuar com a minha orquestra, a “Lisbon Swing Band”, e continuar os cursos de direção que tenho ministrado no país e estrangeiro. Entrevista de Joana Anselmo e Beatriz Folgado | |
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