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Jornal da Escola Secundária de Amora
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HUMOR NA CIÊNCIA
Por Alunos Mmnm (Aluno, ...), em 2013/11/15623 leram | 0 comentários | 169 gostam
Carta de Amor de um Químico
Ouro Preto, zinco de agosto de 1978.

Querida Valência,

   Sinto que estrôncio perdidamente apaixonado por ti. Ao deitar-me, quando descálcio meus sapatos, mercúrio no silício da noite, reflito e vejo que sinto sódio. Então, desesperadamente, chouro.
   Sem ti, Valência, a minha vida é um inferro. Ao pensar que tudo começou com um arsénio de mão, cloro de vergonha. Sabismuto bem que te amo, embora não o digas, sei que gostas de um tal Hélio e também do Hidro-Eugénio. De antimónio posso assegurar-te que não sal nenhum érbio e que trabário para viver. Oxigénio cruel tu tens, Valência! Não permetais que eu cometa algo erradio.
   Por que me fazes sofrer tanto assim, sabendo que tu és a luz que me alumina? Meu caso é cério, mas não ácido razão para um escândio social.
   Eu soube que a Inês contou que te embromo com esse namoro. Manganês, não acredites niquela disser, pois sabes que nunca agi de modo estanho contigo. Aliás, se não tiveres arranjado outro argóniomento, procura um Avogrado e metais na cadeia. Lembra-te porém que não me sais do pensamento.
   Abrácido comovidros deste que muito te ama,
   

   Magnésio

  (Publicado originalmente no jornal TOQUE DE SAÍDA, ESA, em Abril de 2004)


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