A dor da morte, como é? | |
Por Escola Matilde Barbosa Góis (Administrador do Jornal), em 2021/06/11 | 125 leram | 0 comentários | 69 gostam |
TEXTO CONCORRENDO PARA REPRESENTAR A ESCOLA NA OLIMPÍADA ESCREVENDO O FUTURO A NÍVEL MUNICIPAL. CATEGORIA: CRÔNICA | |
Eu, desde de criança sempre me perguntava como é a dor da morte? Sei que parece bem estranho mas eu sempre me perguntei. Desde de pequena sempre fui muito curiosa, e sempre quis descobrir várias coisas, isso me fazia muito especial. Mas eu nunca achava essa resposta, por isso parei de me perguntar e segui minha vida. Então num belo dia enquanto estava no meu avô, eu vi um gato laranja de pelagem imensa, era pequeno e lindo, eu me apaixonei por ele à primeira vista. Então eu o adotei, o levei para casa e me senti muito feliz. Mas ele ainda não havia se acostumado então era meio arisco. Então meu gato cresceu, fez 1 ano, estava tudo bem, bem demais... Ele depois de crescer ficou muito valente, brigava com os gatos todos os dias, ele voltava para casa todo machucado e eu não queria vê-lo assim. Então no dia 24 de março eu o levei para a casa do meu avô porque pensei que ele acabaria com essas brigas e seria mais feliz, eu não queria vê-lo machucado, sofrendo. Eu ia todos os dias para vê-lo, toda vez que dizia o nome dele ele vinha correndo, e miando, então eu o abraçava, eu o amava mas que todas as estrelas do céu, ele era meu príncipe, meu motivo de viver. Mas depois de alguns dias quando cheguei no meu vô ele não estava lá (era véspera de carnaval)eu o chamei mas ele não veio, então sai o procurando desesperada chorando mas ele não vinha... Naquele momento senti meu coração quebrar, e cada vez que eu o chamava parecia uma eternidade! e eu perguntava “ será que ele não me ama mais...” mas ele não aparecia, então comecei a chorar (eu estava muito machucada por que havia entrado no mato e passado por cercas mas não o achei). 3 dias depois do carnaval ( um domingo) eu estava no meu avô então escutei minha mãe gritar: - LARISSA O MINGAU VOLTOU!!. Eu saí correndo com o coração na mão, estava muito feliz, mas ele... Ele... Ele estava com a perna comida por tapurus só restava o osso mas mesmo assim o abracei e dei um banho nele, mas aqueles vermes que estava ali me incomodavam então eu tirei todos eles, passei remédio tudo ia bem. Mas ainda havia algo errado, porque ele estava inchando, não comia, nem bebia, apenas me olhava com um olhar de esperança pelo qual me fazia chorar e dizia: - nós vamos conseguir meu anjo eu sei que vai ficar tudo bem. Depois daquele dia eu o cuidava mais e mais, estava com muita felicidade de tê-lo perto de mim. Mas não adiantou, ele apenas piorava mais… Então teve um dia em que eu fui visitar ele, lá estava ele com aquele olhar lindo de esperança e vida, mas de tristeza também, quando cheguei perto dele ele apenas deitou no meu colo e fez um miado muito calmo um miado leve que não durou muito. Eu mexi ele,e disse a ele : - mingau? Mas ele não respondeu, eu percebi que ele havia morrido no mesmo instante. (estava a chuviscar) mingau havia morrido...Meu coração quebrou lágrimas saiam de meus olhos, e eu apenas percebi que ele lutava por mim, e eu por ele, mas ele não aguentou. Naquele instante me veio a lembrança da minha pergunta “como é a dor da morte?” E então eu percebi que tinha a minha resposta. A dor da morte é uma solidão sem explicação, uma dor que não pode ser respondida por palavras mas sim por ela mesma, uma dor que varia de cada coração sofrido, uma dor que não sara , e quando lembra apenas dói mais. Hoje quando lembro dele me vem apenas a vontade de chorar,e ainda não consegui aceitar que ele morreu...eu apenas quando lembro dele, me vem aquele miado lindo que nunca mais poderei escutar... Depois disso pude perceber o quanto dói essa dor, e que a morte é passageira mas as lembranças ficarão em meu coração. Por isso aproveite enquanto não conhece essa dor porque quando conhecer já é tarde demais. | |
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