Jornal da D.F.
Jornal da E.m.e.f. Dezidério Fuzer
Pesquisa

Projeto Faça Bonito
Por Matias Mario (Aluno, Oitavo), em 2021/06/10269 leram | 0 comentários | 86 gostam
Representantes do Creas concedem entrevista online ao Jornal da D.F. e destacam a importância da escola na rede de proteção às crianças e adolescentes.
No dia 10 de junho, o Jornal da D.F. entrevistou as representantes do Creas em Restinga Sêca: Emilene e Débora, assistentes sociais. Elas falaram sobre o projeto Faça Bonito- proteja nossas crianças e adolescentes. Confira abaixo a entrevista.
Jornal da D.F.: Por que foi criado o projeto?
CREAS: Esse projeto é nacional, ele foi criado porque em 1973 uma menina chamada Araceli foi espancada, drogada, violentada e morta no Espírito Santo. Após chocar o Brasil, no ano 2000, criaram a lei 9970, para combater o abuso e a exploração sexual entre crianças e adolescentes. Ela instituiu o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual e ao Abuso de Crianças e Adolescentes, em 2021, colocada em prática através do Projeto Faça Bonito.
Jornal da D.F.: Quem teve a ideia de criar esse projeto em Restinga Sêca?
CREAS: A nível nacional, foi criado pela rede de apoio às crianças e adolescentes. Em Restinga Sêca, foi a equipe do Creas que conduziu as atividades do projeto. A equipe é composta pelas assistentes sociais Débora e Emilene, pela psicóloga Cristiane e pelo funcionário administrativo Eduardo.
Jornal da D.F.: Há muitos casos de abuso e exploração sexual atualmente?
CREAS: Sim, no município tem muitos casos de abuso e exploração.
Jornal da D.F.: Qual a motivação para ocorrer o abuso sexual?
CREAS: Não tem uma motivação específica. No entanto, a maioria dos casos de violência física, sexual e psicológica ocorre dentro de casa. Há uma importante discussão sobre isso, pois, a criança é inocente e, normalmente, ela não sabe que está sendo abusada, visto que desconhece que determinadas situações são inadequadas.
Jornal da D.F.: Você acha que aumentou o número de casos com o isolamento social?
CREAS: Sim, aumentaram os casos com o isolamento social. E a escola é um ponto chave para nós, por isso a importância dos professores manterem contato com os alunos e conversarem com eles. Assim, recebemos várias denúncias. Se as crianças não verem mais os amigos e os vizinhos, então, essa rede de apoio fica fragilizada.
Jornal da D.F.: Como foi feita a escolha do nome do projeto?
CREAS: O Faça Bonito e a flor do projeto representam a inocência da infância. O nome do projeto é Faça Bonito porque a criança tem uma grande trajetória pela frente. Tem muito a receber, então, é um chamamento para que todos façamos bonito e cuidemos das nossas crianças e adolescentes que possam estar sofrendo violência.
Jornal da D.F.: Qual a média de idade de crianças e adolescentes abusados?
CREAS: Não tem faixa de idade específicas. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, a faixa etária de crianças é de zero a 12 anos e adolescentes, a partir de 12 anos. Tem crianças que sofrem abuso a infância inteira e só vão ter coragem de denunciar quando chegam na adolescência.
Jornal da D.F.: Quais ações o projeto já desenvolveu em Restinga Sêca?
CREAS: O projeto busca fortalecer as famílias após sofrerem um caso de abuso, seja através da doação de cestas básicas, seja oferecendo tratamento médico e psicológico para que os abusos não venham a se repetir. Cada família recebe o suporte de que necessita naquele momento.
Jornal da D.F.: Podem ser feitas denúncias anônimas?
CREAS: Sim, os canais para denúncias são os seguintes:
-Conselho Tutelar: 55 3261 1203 ou 55 99602 2590;
-Creas – Centro de Referência Especializado de Assistência Social: 55 99143 4903;
-Brigada Militar: 190;
-Protocolo da Prefeitura: 55 3261 3200 ou http://www.restingaseca.rs.gov.br/home;
-Disque 100.
As representantes do Creas encerraram, destacando a importância dessa conversa, visto que, com o distanciamento social, o projeto não está conseguindo fazer visitas presenciais, então, foi bom fazer essa entrevista de esclarecimento com adolescentes em uma escola de interior.

Oitavo ano


Comentários

Escreva o seu Comentário