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Parlamento Jovem: Ensino Público/ Ensino privado
Por Licínio Borges (Professor), em 2015/02/16575 leram | 0 comentários | 171 gostam
Com a presença de Ivo Oliveira,deputado, o presidente da Câmara, eng. Humberto Cerqueira e a Vice Diretora do Agrupamento,salete Rento, debateu-se o tema, no dia 19 de janeiro, no auditório,com os alunos a revelarem muita atenção e interesse.
Moção a defender na fase distrital:
Ensino público e privado: que desafios?
Na nossa moção ou recomendação, defendemos o ensino público porque, o consideramos uma forma de ensino, mais democrático e acessível a todos.
Ainda que não tenhamos nada, contra os que frequentam o ensino privado, consideramos que o mesmo, não é aberto a todas as pessoas e a todas as bolsas. Também sabemos que existe o cheque ensino, o que permite a quem tem menos possibilidades económicas, a sua frequência, se for essa a sua vontade, mas, mesmo assim, estarão sempre condicionados à vontade das direções dos estabelecimentos que, de uma ou de outra forma, contornam a lei.
Tal, não acontece na escola pública. Ela foi criada para que todos possam ter acesso ao conhecimento e à cultura. Estamos convencidos que, é assim que se constrói uma sociedade mais evoluída, solidária e justa.
No que respeita à qualidade do ensino e dos professores que lecionam nos dois sistemas, muito se tem falado e escrito sobre o assunto na comunicação social; muito até, por causa das classificações das escolas. Contudo, importa dizer que, por vezes, não é possível comparar o incomparável, repare-se: Enquanto uma escola privada seleciona os seus alunos como bem entende, a escola pública, recebe todos e, é desnecessário elencar aqui, quais são as consequências que decorrem desse facto, em termos de aproveitamento dos alunos.
Relativamente aos professores, pese embora, existirem algumas vozes a atacarem o sistema público, estamos convencidos que a sua capacidade e competência é muito elevada. Muitas vezes, a sua grande dificuldade em prepararem capital humano de excelência, advém do facto de se confrontarem com alunos “carregados” de enormes dificuldades, provenientes do seu agregado familiar, o que acontece menos, no ensino privado.
Em conclusão, sabemos que o sistema de ensino público representa um peso elevado para o Estado e que este, tenta livrar-se dele a todo o custo mas, também sabemos que o papel do estado é o de proporcionar à população, um modelo educacional e formativo, tendencialmente gratuito e de acesso igual para todos.
A história prova-nos que, o modelo de ensino privado, não conduz a uma igualdade de oportunidades para todos e, não é preciso ler muito, basta falarmos com os nossos avós sobre o assunto.
Não somos contra que exista ensino privado mas, que o mesmo seja residual e não uma aposta dos governos. É o ensino público que deve ser a charneira do desenvolvimento de um país e do seu potencial humano.
Que desafio para estes dois sistemas de ensino? Pensamos que continuarão a coexistir e que, os defensores da privatização, mais tarde ou mais cedo, vão aperceber-se que, o modelo de ensino público é o mais vantajoso, mais justo e mais democrático. Os países nórdicos já viveram este dilema, fizeram a experiência, aprenderam a lição e regressaram ao ensino público.
Temos dito!
Muito obrigado.


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