A partida | |
Por Mariana Costa (Aluna, 8ºB), em 2014/01/30 | 569 leram | 0 comentários | 195 gostam |
Texto sobre a partida de uma senhora de idade ,da qual gostava muito. | |
As suas vestes sempre pretas e o rosto rosado sempre atento ao mais pequeno pormenor eram as características que melhor a definiam. Do meu jardim acenava-lhe e ela respondia com uma alegria contagiante, a mesma alegria com que admirava o pôr-do-sol todos os dias como se o visse pela primeira vez. A sua varanda era a sua janela para o mundo onde passava todos os dias serena como a brisa que por ali a visitava assim como eu de vez em quando . A sua saúde não era tão forte como a sua vontade de viver e certo dia ao olhar a varanda notei o vazio, infelizmente tinha adoecido e tinha ido para o hospital. Dias mais tarde fui visitá-la esperançosa de ver aquele maravilhoso dom que apenas ela possuia, de sorrir com o olhar e não apenas com os lábios, mas encontrei um rosto pálido e cansado. Foi então que escutei um " acho que te conheço", doeu e aprendi desta forma dura que nada nem ninguém são para sempre. Hoje, já depois da sua partida ainda olho aquela varanda e recordo " a minha velhinha", sim, era assim que carinhosamente ela gostava que a chamasse e consigo sentir aquela paz que transmitia e admirar o pôr-do-sol com o mesmo encanto desse momento tão singular, tão nosso... | |
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