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| PÓVOA DO MAR | |
| Por Paula Costa (Professora), em 2015/02/16 | 704 leram |  0 comentários |  259 gostam |
| Havia, na Póvoa de Varzim, um pescador chamado José. A sua mulher era peixeira e chamava-se Lurdes, Maria de Lurdes. Tinham um filho chamado Tiago. | |
 -Hei de pescar tanto peixe como o Cego do Maio! E o pai, com o consentimento da mãe, deixou-o ir, pois o miúdo precisava de sair de casa. No dia seguinte, quando Tiago chegou ao barco, um tripulante anunciou: -É hoje! É hoje que o cachopo do Zé vem pescar! Os tripulantes vinham bem agasalhados com gorras bordadas e camisolas bordadas, tradicionais da Póvoa de Varzim. Quando acabaram a pescaria, os pescadores pegaram nos farnéis e desembarcaram no Porto de Pesca. O Tiago saiu secretamente do barco, cujo nome era “Póvoa do Mar”, e foi observar as siglas poveiras pois era muito curioso. O Zé não encontrava o seu filho e começava a ficar preocupado. O Tiago também estava preocupado pois não sabia onde estaria o pai. Foi para casa porque pensava que o pai devia lá estar, mas para sua surpresa só lá estava a sua mãe. Para descontrair, começou a ler um livro de Eça de Queirós. Era um grande admirador desse famoso escritor poveiro. E adormeceu. Sonhou com os seus ídolos: Rocha Peixoto, Elísio da Nova, entre outros. Sonhou que eles trariam o seu pai de volta, sentia muitas saudades e pensava - Como seria o Natal sem o seu pai? Maria de Lurdes chorava e rezava a S. Pedro, que ajudava os pescadores na Póvoa de Varzim. E, de repente, a porta de casa abre-se. É o Zé! -Finalmente chegaste, homem! - disse Maria de Lurdes limpando as lágrimas - Vamos passar o Natal juntos, todos! Mas quem chorou foi o Zé ao ver o seu filho. Que alegria! Inês Rodrigues, 5ºH | |
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