PARQUE NATURAL DO LITORAL NORTE | ||||||||||||
Por Paula Costa (Professora), em 2015/05/04 | 743 leram | 0 comentários | 199 gostam | |||||||||||
Nos dias 9 e 13 de abril realizou-se uma visita de estudo no âmbito da disciplina de Geografia, à Área Protegida do Litoral de Esposende. Foi feito o trilho da natureza, entre o Cávado e o Atlântico. | ||||||||||||
Nesta atividade aprendemos muitas coisas, mas principalmente que temos que proteger o ambiente. À medida que íamos andando, fomos fazendo várias paragens e o nosso guia ia-nos explicando o que podíamos observar ao longo do percurso. Também tínhamos a ajuda de placas informativas (fig.4) (fig.5) que nos esclarecem tudo sobre as espécies de animais e plantas que vivem naqueles habitats. Na zona estuarina tivemos oportunidade de observar os prados salgados atlânticos, colonizados por vegetação halófita, própria de terrenos salgados, onde predominam os juncos e a Arménia marítima. Estes ambientes são colonizados por várias espécies vegetais, e são sulcados por inúmeros canais e esteiros devido ao constante avanço e recuo das marés. Também observámos os sapais, isto é, os campos de lamas estuarinas, formados pelo depósito de partículas em suspensão transportadas pelo rio, que albergam vários consumidores primários: bivalves, poliquetas e pequenos crustáceos que se alimentam de algas microscópicas e de partículas de plantas e animais em decomposição. Estes consumidores primários irão por sua vez servir de alimento tanto a aves como a peixes. Como nos foi dito, este habitat funciona como uma ETAR natural. Num local próprio para o efeito, pudemos observar várias espécies de aves caraterísticas deste estuário, particularmente as garças de pernas vermelhas e de pernas verdes, o pato-real, o corvo-marinho, o “guarda-rios” e o “borrelho”, entre outros. Estas informações estão disponíveis em placares. Outro objetivo da nossa visita, que também foi concretizado, foi a observação das dunas e da sua vegetação caraterística, que assume uma grande importância pelo seu papel estabilizador das areias litorais. No penúltimo local da visita, não só aproveitamos para fazer o lanche da manhã, como ficamos a conhecer uma forma típica do litoral, a restinga ou cabedelo, que é uma língua de areia que se formou a partir da margem sul do rio Cávado e que tende a fechar o estuário. Ouvimos ainda falar dos rochedos que estão à vista no mar, conhecidos por “Cavalos de Fão”, que têm uma lenda associada à sua formação. Na realidade são rochas quartzíticas, muito resistentes à erosão marítima, que persistem, enquanto outras foram desgastadas. Para culminar a visita de estudo pudemos observar, ao longo da caminhada que fizemos pela praia, a caminho de Ofir, as construções que foram feitas, erradamente, nas dunas e como estas estão em risco de destruição. Assim, as dunas deste segmento costeiro correm risco de degradação devido ao constante pisoteio, à introdução de espécies exóticas, devastação pelo avanço das águas do mar e construção de imóveis. Para impedir o avanço do mar foram construídos pelo Homem “quebra ondas” ou esporões rochosos. Por todas estas razões, consideramos que esta visita de estudo foi muito interessante e enriquecedora para a nossa aprendizagem. Joana Reis nº12, 7ºD | ||||||||||||
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