PARA REFLETIR | |
Por Paula Costa (Professora), em 2016/01/19 | 543 leram | 0 comentários | 164 gostam |
Num passar de tempo que não pára, não se compadecendo com nada nem com ninguém, encontramo-nos já no 2º período do ano letivo. | |
Os dias já voltaram a crescer e, nos momentos em que nos sentimos mais por baixo, apetece-nos pensar na primavera que, queremos acreditar, não tardará. Em jeito de balanço do 1º período, pretendemos salientar 2 factos. Se o ano começou cheio de problemas e dificuldades que se foram conseguindo ultrapassar graças à boa vontade de todos e ao esforço de uma grande parte dos assistentes operacionais, pensamos estar agora perante uma situação de maior estabilidade. O Ministério da Educação permitiu-nos abrir um concurso para admitir 18 assistentes operacionais. Assim, o ano começou com um número reduzidíssimo de funcionários, com o bar e o ginásio fechados, com a reprografia a trabalhar em horário reduzido, com a biblioteca sem funcionária, mas, em tempo recorde, abrimos e realizamos o concurso tendo a 30 de outubro os funcionários já nos seus postos de trabalho. Se assinaram um contrato que terminará a 31 de agosto, temos fortes esperanças que todos se irão manter. Isto irá trazer à escola uma estabilidade que há muito não tinha. Como aspeto negativo, penso poder realçar o comportamento de alguns alunos. Apesar de podermos afirmar que esta escola está longe de apresentar casos graves de comportamento, também é certo que esses casos vão aparecendo cada vez em maior número. Fruto de dificuldades económicas, de famílias desestruturadas, de uma educação que está longe de ser correta (tendo todos nós o direito de questionarmos sobre o que é uma educação correta…), crianças que não sabem falar com adultos, que são incapazes de acatar uma ordem, que pensam que têm sempre razão, que partem para nós com 2 pedras na mão, que faltam às aulas, que perturbam o ambiente de trabalho, crianças que, segundo os pais, nunca mentem e são sempre detentoras de toda a razão, de toda a verdade aparecem cada vez em maior número. Escola para pais? Enquanto não “a frequentamos”, façamos do diálogo uma prática diária. Falemos uns com os outros, sejamos capazes de nos ouvir, de trocar as nossas experiências, de termos para os nossos filhos uma atitude assertiva que os ajude a crescer de uma forma saudável. Como disse e repito, a escola não apresenta casos graves de comportamento, mas cabe a todos fazer algo para que uma situação que tem vindo a aumentar pare ou, se possível, regrida. A Direção | |
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