PANDEMIAS DOS SÉCULOS XIV E XXI | |
Por Paula Costa (Professora), em 2020/05/09 | 667 leram | 0 comentários | 154 gostam |
Uma pandemia é a disseminação mundial de uma nova doença. Na figura – Um médico do século XXI e um médico da peste do século XIV. | |
Estas doenças podem ter como agente infecioso uma bactéria ou um vírus e, por isso, têm origem na natureza e, ocasionalmente, contaminam a raça humana provocando muitas mortes. Já ocorreram muitas pandemias no passado, atualmente está a decorrer a pandemia por coronavírus (Covid-19), e muitas mais irão surgir no futuro. No século XIV surgiu a pior pandemia que assolou a raça humana, a peste negra ou bubónica. Cerca de 200 milhões de pessoas morreram em todo o mundo desta doença, tendo afetado entre 30 a 60% da população europeia. Esta praga era causada pelo bacilo Yersinia pestis, que estava nas pulgas que eram transportadas pelos ratos. A infeção das pessoas acontecia principalmente quando eram picadas pelas pulgas que tinham essa bactéria. A propagação desta pandemia aconteceu porque as condições de higiene e habitação das populações eram muito más, onde o convívio com as ratazanas, e por consequência com as pulgas e piolhos, era normal. Também, no século XIV não se conhecia a origem da doença nem havia medicamentos. Desde a peste negra, muitas outras pandemias aparecerem, mas uma das maiores, surgiu no início do século XX (1918-1919) e é conhecida como a gripe espanhola, que foi responsável pela morte de 40 a 50 milhões de pessoas. A gripe espanhola foi provocada por um subtipo do vírus da gripe, o influenza A subtipo H1N1. Mais recentemente, desde o início dos anos de 1980, surgiu uma nova pandemia, a SIDA (síndrome de imunodeficiência adquirida). Esta doença também é provocada por um vírus, o vírus da imunodeficiência humana (VIH), que é um vírus do género lentivírus. Ao contrário da maioria das doenças provocadas por bactérias, onde existem medicamentos para as tratar, as doenças graves provocadas por vírus podem ser muito mais difíceis de tratar ou pode não existir mesmo tratamento totalmente eficaz. No final do ano de 2019 surgiu na cidade de Wuhan na China uma nova pandemia, provocada por um novo vírus do género coronavírus, o Covid-19. Atualmente esta pandemia ainda se encontra em disseminação pelo planeta Terra. Ao contrário do que aconteceu inicialmente com a peste negra, o contágio não acontece pela picada de um animal, mas pelas gotículas de saliva que saem da boca e nariz das pessoas infetadas quando falam, tossem ou espirram. Estas gotículas podem entrar em contacto direto com outras pessoas ou contaminar superfícies onde outras pessoas irão mexer e, portanto, poderão ficar contaminadas. Neste caso, o controlo da pandemia atual não se consegue apenas pelas melhorias das condições de higiene pública, como seria no caso da peste negra, mas será necessário o confinamento social das populações. Por outro lado, e ao contrário da peste negra, o agente infecioso da Covid-19 é um vírus novo, o que torna muito complicado a descoberta de um medicamento eficaz para a doença que provoca e, também, o desenvolvimento de uma vacina. No caso da peste negra a doença manifestava-se muito rapidamente (manchas negras na pele) após a infeção e a morte acontecia ao fim de dois a cinco dias. No caso do Covid-19, os primeiros sintomas, principalmente febre, tosse e falta de ar, acontecem nalgumas pessoas ao fim de cerca de quinze dias após a infeção. Felizmente que a taxa de mortalidade do Covid-19 não é tão grande como a da peste negra, só uma relativa pequena percentagem das pessoas infetadas apresentam sintomas da doença e necessitam de internamento hospitalar. Contudo, mesmo para os que apresentam sintomas, temos atualmente cuidados de saúde que tentam minimizar os sintomas mais graves da doença. Graças ao confinamento social a que todos temos aderido, o número de casos de doentes da pandemia do Covid-19 tem vindo a diminuir. No entanto, ninguém sabe com certeza qual vai ser o comportamento do vírus nos próximos meses, se irá aparecer uma vacina ou um tratamento. Mindelo, 2 de Maio de 2020 Leonor Rocha Esteves da Silva 5ºA Nº7 (Professora Sameiro Carvalhido) | |
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