NATAL | |
Por Paula Costa (Professora), em 2016/12/18 | 541 leram | 0 comentários | 181 gostam |
A agitação do Natal já há tempos que começou a tomar conta de todos nós. | |
O brilho das luzes e a música alusiva à quadra festiva envolvem-nos, e quase nos fazem esquecer a brutal realidade que muitos enfrentam, em busca de um pouco de paz, a paz que desejamos aos amigos nesta altura do ano. A nossa colega e colaboradora Marta Santos escreveu o poema que aqui publicamos, e nos fará, certamente, reflectir um pouco para além do nosso “mundinho”. Obrigada à Marta, e votos de Feliz Natal. O feliz casal com ansiedade aguardava do primeiro filho o nascimento mas na sua terra sangue se derramava, a guerra permanecia e a fuga aconteceu! Levando no ventre o mundo e às costas uma trouxa de roupa ocuparam um lugar num frágil barquito a transbordar de esperança que rumo a qualquer terra seguia. Entre ondas de tragédia escaparam daquele mar aparentemente calmo. A noite caía mas um navio os resgatou, levando-os até um porto seguro. Dias depois, moravam numa tenda num descampado, no meio de sítio algum e sob o tecto da frágil tenda de lona habitada pela fome, neve e frio, um menino nasceu! A vaquinha e o burro não compareceram oferecendo o seu bafo como aquecimento, nem pastores, nem magos reis apareceram, só os vizinhos, pobres, os visitaram abraçando os emocionados pais e partilhando as migalhas que possuíam. Mas uma Estrela refulgia no firmamento sobre aquele imenso campo de migrantes lembrando ao mundo indiferente que Jesus ali nascia! | |
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