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IMAGINAÇÃO
Por Paula Costa (Professora), em 2017/03/24471 leram | 0 comentários | 177 gostam
Como qualquer outra criança, o meu passatempo favorito era imaginar, mesmo que algo impossível, palavra tão complexa que não estava presente no meu pequeno vocabulário.
A praia sempre foi um lugar que me tranquilizava, gostava de imaginar o que o mar escondia. Sempre pensei que para lá da linha do horizonte que todos vemos, existisse uma grande cascata que não teria um fim visível e que, no final da grande queda, nos mostrava um mundo maravilhoso, mundo este onde a imaginação e a paz reinavam. Tudo o que lá poderia imaginar seriam árvores encantadas e um longo caminho térreo que cortava esta floresta. No fim deste, existia uma pequena aldeia submersa. O Mar que a banhava era muito diferente daquele que eu conhecia. Este era muito calmo, cristalino e explorado por uma infinidade de espécies de criaturas míticas marinhas. A minha atenção era sempre conquistada pela grande Tília que marcava o centro da pequena aldeia. Era uma árvore alta e imponente e todos os seres vivos que ali habitavam lhe tinham grande estima. A guerra era praticamente desconhecida e o único fenómeno que alguma vez se tinha assemelhado a esta teria sido a mudança das marés que, quando acontecia, destruía grande parte dos recifes que eram habitados, fortalecendo os laços entre todos as criaturas, como se tratasse de uma prodigiosa família.
   A verdade é que isto era tudo fruto da minha admirável imaginação, que me permitia voar para lá da intimidante realidade.

   Mariana, 8ºE


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