GESTOS QUE FAZEM A DIFERENÇA | |
Por Paula Costa (Professora), em 2015/11/10 | 615 leram | 0 comentários | 178 gostam |
Lá estava eu outra vez. Segunda-feira, 9h da manhã, recomeçou a rotina da semana. | |
Saí de casa num misto de emoções, sentia uma mixórdia dentro de mim. Acabara de discutir com o meu namorado acerca do pequeno-almoço. Por vezes, os conflitos surgem mesmo de coisas insignificantes. E para piorar, eu ainda tenho o dom de mostrar a ruindade que se esconde por de trás desta cara, aparentemente doce. Mas a culpa é dele, que não faz as waffles como eu gosto. Bem, lá estava eu, a caminhar apressadamente pelas estreitas e íngremes ruas do Porto, que enchem mais a uma segunda-feira de manhã que um estádio de futebol. É verdade, estava mais desanimada do que em qualquer outra segunda-feira do mês de outubro. A má disposição estava estampada no meu rosto. Apesar de ser dessa forma que a maioria das pessoas encara um dia de trabalho, eu não sou, de todo, assim. Quando dei por mim já era hora de almoço. Como o habitual, fui ao refeitório da empresa. A comida estava, como sempre, insípida. Mas lá engoli umas garfadas daquele bacalhau à Gomes de Sá, fazendo cara torta. Espanto meu ao chegar ao meu gabinete. Lá estava o meu namorado, a segurar um ramo de flores (Bem, nem sei o que eram!), com a cara de idiota de sempre, pela qual me apaixonei. Afinal, há mesmo gestos que fazem toda a diferença. É pena que nem toda a gente tire tempo para dar valor às coisas, enquanto as tem. Cláudia Silva, 9ºD | |
Comentários | |