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ERA UMA NOITE NORMAL
Por Paula Costa (Professora), em 2017/03/24473 leram | 0 comentários | 141 gostam
Era uma noite normal, vesti o pijama, lavei os dentes, dei um beijo à minha mãe e fui dormir.
Quando acordei, deparei-me com uma parede branca, o que era estranho, pois o meu quarto era azul. Ao levantar-me, reparei que não estava no mesmo sítio em que tinha adormecido ontem. Apesar de ser uma casa, não era a minha. Abri a porta e o quarto onde tinha acordado e uma casa de banho eram os únicos cómodos naquele andar. Desci por uma escada e vi uma sala. Era uma sala peculiar, pois apenas tinha uma mesa no centro onde estavam velas acesas. Ao lado, na cozinha, havia uma porta também branca. Corri para ela e abri-a. O cenário era pior do que aquele que imaginara: o deserto. Dei um passo e a porta atrás de mim fechou-se. A minha única opção era andar.
 Passaram horas e comecei a sentir sede e fadiga. Foi quando avistei um precipício e nesse momento não consegui parar. As minhas pernas tinham vida própria. À medida que me aproximava dele comecei a entrar em pânico. Ia cada vez mais rápido e não havia maneira de parar. Não demorou muito até começar a cair. Ao atingir o fundo do precipício tudo ficou preto.
 Levantei-me sobressaltada, mas desta vez a parede era azul. Percebi que tinha sido apenas um sonho muito estranho e obscuro. Abri a janela para entrar um pouco de luz. Novamente via areia. Talvez o sonho se tivesse tornado real...



 Lia Castro, 8ºE


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