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ENTREVISTA A PEDRO SEROMENHO
Por Paula Costa (Professora), em 2018/10/18644 leram | 0 comentários | 141 gostam
O José Carlos Silva, do 6ºJ, entrevistou o escritor/ilustrador Pedro Seromenho, e através desta entrevista poderás ficar a conhecer um pouco melhor o seu percurso artístico.
JOSÉ CARLOS – Porque é que escolheu esta profissão?
P. SEROMENHO – Eu gosto de escrever e ilustrar desde muito pequeno. Costumo dizer que a ilustração nasceu primeiro. Eu não sabia falar direito e já gostava de comunicar através do desenho. Mais tarde descubro a paixão de conhecer histórias, reinventá-las à minha maneira, e é através dessa paixão que começo a escrever as minhas histórias.
JOSÉ CARLOS – Que profissões sonhava ter quando era pequeno?
P. SEROMENHO – Quando era pequeno dizia à minha mãe que queria ser “pinteiro”… depois descobri que se dizia pintor. Sempre tive um fascínio pelos pintores, sobretudo do impressionismo. Depois descobri a ilustração. Sempre tive uma queda para as artes.
JOSÉ CARLOS – Qual foi o seu primeiro livro?
P. SEROMENHO – Infanto-juvenil foi “A Nascente de Tinta”, já lá vão doze anos. Foi assim que comecei a escrever. Escrevi-a sobretudo para o 2º ciclo. Tinha vinte desenhos a lápis de cor e contava uma aventura, que também é a minha.
JOSÉ CARLOS – Como se sentiu ao escrevê-lo?
P. SEROMENHO – Olha, foi um misto de ansiedade, de prazer, porque gosto muito de escrever. Estava a começar uma nova fase da minha vida, a deixar a minha gravata de economista para me dedicar a esse novo mundo. Por isso, estava um bocado receoso, não sabia se teria aceitação por parte do leitor, se poderia melhorar. É isso que tento fazer no dia-a-dia, ir ao encontro do leitor jovem, que é o mais exigente, e me obriga a escrever de forma criativa.
JOSÉ CARLOS – Ainda se lembra qual foi a sua primeira ilustração?
P. SEROMENHO – A primeira, não. A primeira num livro? Foi uma ilustração que fiz para um livro de poesia, “Rostos e Riscos”, e falava de um encontro entre dois amigos, personificado num abraço. É o que eu faço – quando escrevo e ilustro é um abraço entre dois amigos.
JOSÉ CARLOS – Em que se inspira para escrever um livro?
P. SEROMENHO – Inspiro-me nas pessoas, principalmente na minha família, nas minhas viagens, nas minhas vivências, nos livros que leio. E depois é a parte mais divertida, pegar nesses episódios e usar a minha criatividade.
JOSÉ CARLOS – Tem uma pequena ideia do que as pessoas pensam de si?
P. SEROMENHO – Creio que sou uma pessoa que quer estar sempre de bem com todos. Aprendi com o meu avô a estar de bem com todos, a ser humilde. Tento viver a vida, desfrutar.
JOSÉ CARLOS – Que livro gostou mais de ler, ilustrar?
P. SEROMENHO – De escrever, o “900”, sobre D. Afonso Henriques. Obrigou-me a investigar, a ler muito sobre o assunto, e , depois, recriar toda aquela história. De ilustrar, “As Gravatas do meu Pai” – foi um trabalho muito exigente, porque ilustrei a lápis, e, depois, passei tudo a digital. Demorou quase nove meses.
JOSÉ CARLOS – Obrigado por me dar esta entrevista, e muita sorte na sua carreira.


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