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A VIDA NO ESTADO NOVO
Por Paula Costa (Professora), em 2015/04/22366 leram | 0 comentários | 226 gostam
Este texto foi elaborado por um aluno do Curso Vocacional, a partir de uma entrevista à D. Adelaide, senhora de 69 anos, que vivenciou Portugal no tempo do Estado Novo.
A minha vizinha contou-me que nos tempos de Salazar era muito difícil viver. Segundo a senhora, Salazar era rígido e orgulhoso, o que tornava Portugal num país fracassado.
Quem dissesse o contrário do que ele dizia, era levado imediatamente para a prisão, o que provocava um grande desconforto. De acordo com a D. Adelaide, de 69 anos, havia muita vontade de dizer mal dele, mas as consequências, mais cedo ou mais tarde, batiam à porta.
Em relação à alimentação, a comida era muito escassa, e por vezes não havia o que comer. Uma refeição nos dias de hoje dava para três naquela altura. O vestuário não ficava atrás, era também um dos grandes problemas. Para se poder lavar a roupa, as mulheres caminhavam até ao rio mais próximo com um cesto às costas. Levavam ainda os filhos mais pequenos ao colo, para que não ficassem sozinhos.
A escola era muito, mas muito diferente dos dias de hoje. Mal o professor chegava, os alunos tinham de se levantar e cantar o Hino Nacional. Os professores tinham a liberdade de os castigar por qualquer coisa que fizessem mal, ou de que não gostassem. E não eram castigos como os de hoje, eram chapadas com força e reguadas de madeira. Havia escolas aparte para cada sexo, não se misturavam como nos dias de hoje.
Apesar disto, em certos aspetos, era bom que estes tempos "voltassem", por exemplo na educação. As crianças mal nascem pensam que já são gente, mas estão muito mal enganadas. Têm muito tempo para o serem, e poderem ser livres, eles que vivam a infância e respeitem os ensinamentos dos mais velhos.


Tiago Gonçalves, nº20


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