O ARAUTO DO VALE
Jornal do Médio Vale do Paranapanema
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Vacilão
Por Leonice Teixeira (Leitor do Jornal), em 2018/06/17344 leram | 0 comentários | 110 gostam
Não deu valor... A fila anda.
Por causa de você,
troquei o vestido de chita, pelo de seda.
Tirei as fitas do cabelo e usei laquê!
Aprendi a usar salto e usei batom vermelho, para que pudesse me ver.

Troquei meu coração de pedra por um de porcelana.
Desfilei na passarela, como destaque de Carnaval e nunca estive tão bela...

Passou por mim e me ignorou,
parecia que estava cego, ou seria eu, a mulher invisível?

Decepcionada, deixei cair o coração no chão que se esfacelou...
Abaixei, juntei os pedaços, um a um os colei, limpei a sujeira e o invernizei.
Recoloquei novamente dentro do peito e ofereci a um outro sujeito, que transbordou de alegria, fez festa e até jogou confetes...

Agora, me vem você, se jogar aos meus pés pedindo clemência e implorando por meu beijos quentes?

Quando senti frio,
foi outro corpo me aqueceu,
Quando me senti no chão,
foi outro que me deu a mão!
Agora, tu acha que chegou sua vez?
Sua vez já passou e você, nem se quer notou!
Hoje, te quero mais não,
Cai fora vacilão! Vacilou, dançou!
Leonice Teixeira


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