O ARAUTO DO VALE
Jornal do Médio Vale do Paranapanema
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Matilda
Por Eleutério Gouveia Sousa (Leitor do Jornal), em 2016/08/29395 leram | 1 comentários | 115 gostam
Poesia jocosa...bem ao gosto caipira
MATILDA

Lá pros lados do brejeiro,
No meu Paraná querido,
Havia uma mulher
Que a ninguém passava despercebida....
Sua ruindade era tanta
Que até satanás saia corrido...

Por todos era temida,
Matilda era seu nome,
Ninguém nunca soube
Sua história de vida...
Será que fora nascida,
Oi apenas aparecido?

Sozinha cuidava de sua propriedade
Porque, com ninguém, tinha amizade...
Não dava um copo de água
E a todos ela chingava.
Sua maldade e solidão foi tanta
Que um dia ela enlouqueceu
Pegou a espingarda
E dava tiro pra todo lado...
E o povo apavorado
Chamou a polícia e até o delegado!
E para o hospício ela fora levada
Algum tempo depois
Ela, Matilda, faleceu...

Em seu velório
Toda vizinhança se juntou
Pra ter a certeza
De que realmente
A maldade desencarnou!

Logo após seu enterro
O tempo de uma tal forma escureceu
Que todos correram de medo
E o céu se derramou...
E a água foi tanta
Que crateras no chão se formou
E o vento que veio com a chuva
A casa de Matilda derrubou
E um rastro de destruição
Em toda região ficou.

E assim dizia o povo:
Deus quis lavar a terra
Onde aqueles pés do mal pisou! Léo


Comentários
Por Martha Rosa (Leitora do Jornal), em 2016/08/29
Coitada da Matilde!... Isso foi por falta de um amor. Viver sozinha dá nisso. rsrsrr. Muito engraçado este conto.

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