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Jornal do Médio Vale do Paranapanema
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Independência de Portugal
Por Eleutério Gouveia Sousa (Leitor do Jornal), em 2024/05/08109 leram | 0 comentários | 63 gostam
Um grande rei.... A independência de Portugal foi feita com muito heroísmo
A origem da Nação foi feita de heroísmo.... Exemplo para os jovens de hoje....

" | Sobre... A Conferência/Tratado de Zamora
No dia 5 de Outubro de 1143, foi realizada a Conferência de Zamora, na cidade leonesa homónima.
Tratou-se de uma Conferência de Paz organizada pelo Arcebispo de Braga Dom João Peculiar e que teve como intervenientes Sua Mercê El-Rei Dom Afonso Henriques e o seu primo o Rei D. Alfonso VII de Leão, sob os auspícios do enviado papal, o Cardeal Guido de Vico.
Desta Reunião resultou a INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL.
Após a vitória na batalha de Ourique, em 1139, D. Afonso Henriques rompeu o tratado de paz com Tui e invadiu a Galiza. Em resposta, o exército de Afonso VII de Leão e Castela entrou em terras portuguesas e desceu até às montanhas do Soajo, em direção a Arcos de Valdevez. Os dois exércitos acabaram por se encontrar, em 1141, no Vale do Rio Vez, para disputar aquele que ficou conhecido como Torneio de Arcos de Valdevez ou Recontro de Valdevez. Essa espécie de contenda/justa medieval evitou uma batalha quase certa e deu uma importante vantagem aos portucalenses e às ambições indepoendentistas do seu jovem monarca.
Neste Acordo de Zamora, vulgarmente chamado de Tratado de Zamora, que revogou o anterior Tratado de Tui datado de 1137, ficou assente que Alfonso VII de Leão concordava com a transformação do Condado Portucalense em Reino de Portugal com Dom Afonso Henriques com o título de ‘Rex Portucalensis’- Rei de Portugal. Apesar do reconhecimento da Independência, o Rei de Portugal continuaria como vassalo do Rei de Leão, que se intitulava Imperador da Hispânia. Alexandre Herculano escreveu que “o imperador reconheceu o título de Rei que seu primo tomara, e que este recebeu dele o senhorio de Astorga, considerando-se por essa tenência seu vassalo. Não é menos provável que, ainda como Rei de Portugal ficasse numa espécie de dependência política de Afonso VII, o imperador das Espanhas ou de toda a Espanha, como ele se intitulava nos seus diplomas”. Todavia, caso único entre todos os Reis da Ibéria, Dom Afonso Henriques nunca prestou essa vassalagem. A partir desta data, Dom Afonso I passou a enviar ao Papa remissórias declarando-se vassalo lígio e comprometendo-se a enviar anualmente uma determinada quantia em ouro, pelo que, em 1179, o Papa Alexandre III, através da Bula Manifestis Probatum, reconheceu Dom Afonso Henriques como Rex.
Na Bula acima referida, e que marca o reconhecimento da Independência do Reino pela comunidade internacional, o Papa ao aceitar ser suserano do Rei português e que Dom Afonso Henriques lhe preste vassalagem directa, reconhece não só, definitivamente, a independência do Reino de Portugal, como o Rei de Portugal fica livre de prestar vassalagem ao Rei de Leão, porque nenhum tributário podia ter dois senhores directos.
Sublinhe-se ainda que Don Alfonso VII era só Rei de Leão, pois ainda não havia reino de Castela, pois Castela era nessa data apenas um condado do Reino de Leão até se tornar independente. Só em 1230, Fernando III, o Santo recebeu da sua mãe Berengária o reino de Castela, e do seu pai Afonso IX o reino de Leão, unificando-os num só reino de Leão e Castela.
Assim sendo, tendo ganho a sua Independência e soberania enquanto Estado, há mais de 880 anos, naquele 5 de Outubro de 1143, Portugal encontra-se a 20 anos de completar 900 anos de existência.
De facto e de direito, Portugal não começou há 113 anos, mas durante 771 anos existiu como Reino de Portugal e dos Algarves. Portugal, País recortado pela espada e valentia de Reis e heróis extraordinários. O Reino de Portugal e depois, também, dos Algarves, e depois, também, d'Aquém e d'Além-Mar, com o seu desejo oceânico fruiu o Mundo e alcançar a Glória. Esses Tempos não podem ser encarados como meras recordações, ecos ensurdecidos, pois em Monarquia ultrapassamos sempre as crises: granjeamos a Nação Portucalense, expulsamos os sarracenos, sobrevivemos à ocupação castelhana, às Invasões Napoleónicas com a sua política de delapidação e terra-queimada, sobrevivemos à Guerra Civil, a Ultimatos e guerrilhas.
Por isso, a 5 de Outubro celebra-se Portugal Soberano e Independente.
VIVA PORTUGAL!
Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica


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