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Acreditar nos seus sonhos não tem idade defenida
Por Eleutério Gouveia Sousa (Leitor do Jornal), em 2016/07/20547 leram | 2 comentários | 135 gostam
A motivação vem do lar e deve ser encorajada na escola
Personalidade

Em comemoração ao Dia das Crianças, a coluna Personalidade de hoje, apresenta um garoto de 12 anos, que estuda no Colégio Estadual Carolina Lupion. Ele é um pré-adolescente igual a qualquer outro garoto de sua idade. Gosta de brincar com os amigos, vai à escola todos os dias, diverte-se com alguma travessura e aprecia boa amizade. De origem simples, alimenta desde cedo o sonho de ingressar em uma Universidade, apenas falta-lhe decidir pela Medicina ou Agronomia.
Seu currículo escolar lhe permite sonhar alto, já que a média de nota gira em torno de 9,5 em todas as matérias. Ele fala inglês, gosta de matemática e língua portuguesa e não aprecia jogos eletrônicos. Segundo ele os jogos de computadores neutralizam a racionalidade e não oxigena a inteligência. Disse ainda que se pudesse convenceria seus amiguinhos a desenvolver o hábito da leitura diariamente. Afirmou que dos programas de televisão que assiste, o Fantástico da Rede Globo e a programação da TV Cultura são os melhores de todos.

Sente-se triste ao saber que o ser humano está comprometendo a vida no planeta e afirmou que é preciso fazer algo urgente para conter o desmatamento na Amazônia. Disse que se pudesse votar, não votaria no Presidente Lula e afirmou que os políticos devem exercer seus mandatos com decência, porque receberam seus cargos através da confiança do voto povo.

Ele é torcedor do Santos Futebol Clube, e o chocolate é seu alimento preferido. Afirmou que as crianças precisam desenvolver desde cedo o senso crítico, para não serem manipuladas no futuro e pediu um presente para os adultos nos dia das crianças.


Na coluna de hoje, Alessandro Augusto Silva Sousa.


Circulando: Alessandro, você disse que quer ser médico ou engenheiro Agrônomo. São duas profissões distintas, onde está a dúvida para a escolha certa?

Alessandro: Minha dúvida é saber em qual das duas profissões serei mais útil. Não sei se devo fazer medicina para curar os males do ser humano e também ajudar a prevenir doenças e realizar partos, ou se devo seguir a carreira de agrônomo para ajudar a produzir mais alimentos para saciar a fome da humanidade.


Circulando: Você não acha que ainda é cedo para pensar nisso e que deve aproveitar mais sua fase de criança?


Alessandro: Mas eu aproveito. Eu brinco com meus amigos, gosto de jogar futebol, queimada e jogo capoeira. Faço tudo que gosto para aproveitar minha fase. Mas sei que é preciso pensar em fazer algo para melhorar a vida aqui na terra. Quero que outras crianças como eu também tenham oportunidade de brincar no futuro.


Circulando: O que faz você pensar que nosso futuro está comprometido?


Alessandro: Leio e vejo várias reportagens sobre o aquecimento global e os reflexos que isso trará no futuro. O desmatamento da Amazônia é um crime que pode ser solucionado, mas, o que dá a entender. é que existe uma má vontade de resolver o problema. Enquanto isso, vivemos a incerteza de que, no futuro, crianças como eu não terão as mesmas oportunidades que tenho.

Circulando: Como você resolveria o problema se tivesse o poder para isso?

Alessandro: Com medidas enérgicas. Não podemos comprometer a espécie. Todo mundo sabe que, sem as florestas, a vida na terra será insuportável. Vai faltar água, comida e esperança. Temos que fazer algo agora. Não dá para acreditar que, muito embora os veículos de comunicações divulguem as atrocidades que a natureza vem sofrendo, as autoridades não tomem nenhuma providência. Se eu tivesse o poder, defenderia a Amazônia e todas as reservas ambientais com o máximo rigor.

Circulando: O que você sente quando vê reportagens mostrando o desrespeito com a natureza?


Alessandro: Sinto raiva. Primeiro, por não poder fazer nada para conter o desmatamento e, segundo, por ver o ser humano trocar a tranqüilidade de uma vida segura por uma quantia em dinheiro. Isso sem contar que a vida animal está totalmente comprometida. É lamentável ver os olhinhos assustados dos animais nos dizendo que seu território está sendo invadido e destruído. (os olhos brilham) Quando vejo isso, eu choro, sabia!

Circulando: Temos a informação de que você é campeão de notas na escola. Tem algum segredo para tirar notas boas?


Alessandro: Tem sim. Basta prestar atenção nas aulas e perguntar ao professor caso não entenda sobre um determinado assunto. Depois que se aprende, não se esquece mais. Não se estuda para prova e sim para testar seus conhecimentos nas provas.


Circulando: Como você divide suas atividades?


Alessandro: Aprendi com meus pais que é importante dividir o tempo. Tenho tempo para brincar e para estudar.

Circulando: Hoje vivemos na era digital, gosta de computadores?

Alessandro: Gosto mais de livros. A pesquisa em computadores são muito mais dinâmicas, porém, mas é mais difícil de absorver conhecimento. Está tudo pronto, basta uma busca e tudo que está ali está relacionado ao assunto. Isso implica num comodismo e consequentemente falha no desenvolvimento da inteligência.

Circulando: que livro você recomenda para seus amigos?

Alessandro: Tem muitos títulos interessantes, mas creio que “Memórias de um Cabo de Vassouras” vai ajudar muito a despertar o gosto pela literatura juvenil. O hábito da leitura é importante por vários fatores, um deles é o bom desenvolvimento do raciocínio e aguça a inteligência.

Circulando: O que você acha que falta na cidade?

Alessandro: Acho que falta uma reserva florestal. Um parque, onde possamos passar horas andando por entre árvores de várias espécies. Onde tivesse um biólogo nos ensinando a importância de cada espécie nativa. Acho que seria bem legal ter um lugar assim.

Circulando: Ano que vêm, vai ter eleições para prefeitos e vereadores, você sabe alguma coisa de política?

Alessandro: Não muito. O pouco que sei me decepciona. São poucos os políticos que realmente têm programas que beneficiem a maioria da população. O que vejo na televisão e jornais, são políticos pensando neles mesmos.


Circulando: O que você pensa do Presidente da República?


Alessandro: Como disse, sei pouco sobre isso. Mas acho que ele deveria assumir algumas falhas em seu governo.

Circulando: Se você pudesse votar hoje, votaria no atual presidente?


Alessandro: Não.


Circulando: Por quê?

Alessandro: É difícil acreditar num líder que não assume suas responsabilidades. Ele vive dizendo que não sabe de nada. Se ele não sabe o que acontece de errado, como pode dirigir um País que precisa de acertos?


Circulando: Se você pudesse pedir aos lideres mundiais um presente no dia das crianças, qual seria esse presente?

Alessandro: Pediria para eles colocarem as pessoas de volta na Terra. Pediria que cessassem as guerras e a devastação do meio ambiente, para que nosso presente seja a garantia de um futuro melhor para todos nós.


Comentários
Por Eleutério Gouveia Sousa (Leitor do Jornal), em 2016/07/20
Criança diferenciada..Aluno nota dez!
Por Martha Rosa (Leitora do Jornal), em 2016/08/22
Garoto que tem bom senso, inteligencia e desenvoltura, esta reportagem mosta que tem muito a nos ensinar.Parabéns Alessandro.

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